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ASA

História

O mercado financeiro está sempre em evolução e nos orgulhamos de sempre estarmos presentes nessas transformações. Evoluir com o mercado é nossa tradição. Por isso, trazemos todo nosso legado como um dos ativos mais sólidos para obter resultados no presente e futuro, gerando valor através de gerações.

O IMPACTO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

No início do século XIX, o impacto da Revolução Industrial transformou as economias da América do Norte, da Europa e do Mediterrâneo. A utilização do carvão como fonte de energia, o surgimento da mecanização com o desenvolvimento do motor a vapor e da locomotiva, e os avanços na comunicação instantânea com o telégrafo, estimularam as transformações ao mesmo tempo que viabilizaram o crescimento do comércio global.

Em paralelo, as instituições financeiras se transformavam de um simples apanhado de cofres que cobravam pelo serviço de guarda de valores, em empresas que negociavam moedas, metais precisos, emitiam notas promissórias e financiavam os mais diferentes projetos. Foi neste ambiente que a família Safra estabeleceu a base do sistema financeiro contemporâneo no Oriente Médio, responsáveis pelo estímulo e financiamento da emergente infraestrutura industrial, de transporte e comunicação, e do comércio de matérias primas, produtos agrícolas e industrializados entre as diferentes nações.

A ORIGEM DA FAMÍLIA SAFRA E A TRADIÇÃO DO OURO

Neste período de grandes transformações, emergiu um dos principais centros de comércio do Mediterrâneo, a cidade de Aleppo, reconhecida no passado como “a cidade onde o Oriente e o Ocidente se encontram”. Aleppo, residência da família Safra à época, está situada ao noroeste da Síria, e servia de entreposto comercial para mercadores e seus fluxos de mercadorias entre os países do Mediterrâneo. A família de vocação cosmopolita atuou no financiamento das caravanas comerciais da região e na negociação de diferentes moedas, como o “thaler” Austríaco o “para” do Império Otomano, a “zecchini” de Veneza, além de metais preciosos como prata e ouro. Foi nesse contexto que a família Safra prosperou e se notabilizou, a ponto do seu sobrenome se tornar a palavra árabe para referenciar a cor do precioso metal: Safra.

SAFRA FRÈRES ET CIE., E ALEPPO

Em meio a este cenário, a família Safra fundou em 1840 a Safra Frères Et Cie, com matriz em Aleppo e escritórios na capital otomana, Istambul, e na cidade egípcia de Alexandria. A instituição financeira, que rapidamente ganhou fama e prestígio nos países do Mediterrâneo, tinha entre seus sócios os irmãos Ezra e Elie Safra, este último pai de Jacob Safra que se tornaria o patriarca da família. Jacob nasceu em 1891 e, aos 13 anos, após perder prematuramente seu pai, foi acolhido pelo seu tio Ezra, responsável pelo Safra Frères. Na adolescência, Jacob era apontado como um jovem brilhante, com a capacidade de calcular mentalmente a complexa conversão de diferentes moedas em seus equivalentes de ouro e prata, enquanto os seus familiares mais experientes utilizavam tabelas de conversão. Esta capacidade trouxe ao jovem Safra, reconhecimento e notoriedade entre os comerciantes da região. Ao perceber o talento e a paixão de seu sobrinho pelo negócio da família, Ezra preparou Jacob para um novo desafio.

Foto Jacob Safra

A RAMIFICAÇÃO DA FAMÍLIA SAFRA

Com o colapso do Império Otomano, frente à derrota na Primeira Guerra Mundial, o fluxo de comércio através de Aleppo praticamente se esgotou. Com objetivo de preservar o negócio da família, Ezra Safra escolheu seu jovem sobrinho para inaugurar e administrar uma nova filial da Safra Frères. A cidade escolhida foi Beirute, no Líbano, onde já como sócio do seu tio, Jacob chegou em busca de novos mercados e oportunidades.

Desde a sua chegada a Beirute, Jacob ansiava por construir o seu próprio negócio e, pouco tempo depois, em 1920, decidiu abrir sua própria instituição financeira, o Jacob E. Safra Bank. Com base na reputação de seu fundador, de financista discreto e talentoso, a nova empresa prosperou rapidamente tornando-se a instituição financeira de grande parte dos ricos comerciantes da região, que confiaram ao Safra o cuidado de suas finanças pessoais e empresariais, contando com a eficiência e discrição com que Jacob geria seus negócios. Foi neste ambiente que Jacob Safra criou e progrediu com sua família de oito filhos, entre eles, aqueles que se tornariam famosos financistas do mercado mundial nos anos futuros, pilares da comunidade judaica ao redor do globo, os irmãos Edmond, Moise e Joseph Safra. A criação do Estado de Israel e o início dos conflitos do novo país com seus vizinhos fizeram com que o ambiente para judeus no Oriente Médio ficasse mais instável. Apesar do Líbano ter permanecido razoavelmente seguro para judeus da região, Jacob Safra decidiu deixar o país e partir para a América Latina. Em 1952, Jacob Safra se instalou em São Paulo, cidade que vivia um ambiente de prosperidade e estabilidade política, além de abrigar uma grande colônia judaica sírio-libanesa.

A EXPANSÃO INTERNACIONAL NO SÉCULO XX

Com a morte do patriarca em 1963, Edmond, Moise e Joseph Safra assumiram a operação e seguiram a vocação e expertise da família no mercado financeiro. Os irmãos elevaram os negócios da família para um novo patamar, construindo um império financeiro global, com presença nas Américas, Europa, Ásia e Oriente Médio. Joseph Safra, pai de Alberto Safra, foi celebrado pelo mercado como um dos maiores financistas da sua geração, considerado um investidor avesso a riscos e um trabalhador implacável para concluir operações que se tornaram “lendas” no mercado financeiro.

UM LEGADO EM CONSTRUÇÃO, UMA NOVA RAMIFICAÇÃO

Com o objetivo de preservar esse legado de gerações, Joseph Safra direcionou seus filhos para o trabalho no mercado financeiro, ao mesmo tempo que lhes transmitiu a importância da filantropia nas mais diversas áreas sociais. Alberto Safra, após concluir seus estudos em Wharton, foi encaminhado pelo pai para trabalhar nos negócios da família, onde rapidamente demonstrou o talento herdado dos seus antepassados no mercado financeiro, na busca constante pelo retorno e a capacidade de identificar o risco e reagir com agilidade. Hoje, assim como seus predecessores, Alberto Safra vale-se de sua instituição financeira, o ASA, para seguir a tradição da sua família no mercado financeiro global, gerando valor através de gerações.

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