O mercado financeiro está sempre em evolução e nos orgulhamos
de sempre estarmos presentes nessas transformações. Evoluir com
o mercado é nossa tradição. Por isso, trazemos todo nosso legado
como um dos ativos mais sólidos para obter resultados no
presente e futuro, gerando valor através de gerações.
Na esteira das grandes transformações tecnológicas trazidas pela Revolução Industrial, a economia global se reconfigurou ao longo do século XIX. As instituições financeiras, antes meramente depositárias, se transformaram em empresas que negociavam moedas, metais precisos, emitiam notas promissórias e financiavam uma variedade de projetos.
Foi neste ambiente que a família Safra estabeleceu a base do sistema financeiro contemporâneo no Oriente Médio, estimulando e financiando a emergente infraestrutura industrial, de transportes e comunicação, e do comércio de matérias primas, produtos agrícolas e industrializados entre as nações.
Neste período, a cidade de Aleppo emergiu como um dos principais centros de comércio do Mediterrâneo. Residência da família Safra à época, Aleppo está situada ao noroeste da Síria, e servia de entreposto comercial para mercadores. A família de vocação cosmopolita atuou no financiamento das caravanas comerciais da região e na negociação de diferentes moedas, além de prata e ouro. Foi nesse contexto que a família Safra prosperou e se notabilizou, a ponto do seu sobrenome se tornar a palavra árabe para referenciar a cor do precioso metal: Safra.
Em 1840, a família Safra fundou a Safra Frères Et Cie, com matriz em Aleppo e escritórios na capital otomana, Istambul, e na cidade egípcia de Alexandria. A instituição financeira, que rapidamente ganhou fama e prestígio nos países do Mediterrâneo, tinha entre seus sócios os irmãos Ezra e Elie Safra, este último pai de Jacob Safra, que se tornaria o patriarca da família. Jacob nasceu em 1891. Aos 13 anos, após perder o pai, foi acolhido pelo tio Ezra. Na adolescência, Jacob era um jovem brilhante, com capacidade de calcular mentalmente a complexa conversão de diferentes moedas em seus equivalentes de ouro e prata. Esta capacidade trouxe a ele notoriedade entre os comerciantes da região. Ao perceber o talento e a paixão do sobrinho pelo negócio da família, Ezra preparou Jacob para um novo desafio.
Com o colapso do Império Otomano na Primeira Guerra Mundial, o fluxo comercial via Aleppo minguou. Para preservar o negócio da família, Ezra Safra escolheu seu jovem sobrinho como sócio e o designou para inaugurar e administrar uma nova filial da Safra Frères em Beirute, no Líbano.
Já em Beirute, Jacob ansiava por construir o próprio negócio. Em 1920, decidiu abrir sua própria instituição financeira, o Jacob E. Safra Bank. A nova empresa prosperou rapidamente, atendendo grande parte dos ricos comerciantes da região. Foi neste ambiente que Jacob Safra criou sua família de oito filhos, entre eles, aqueles que se tornariam famosos financistas do mercado, pilares da comunidade judaica ao redor do globo, os irmãos Edmond, Moise e Joseph Safra. A criação do Estado de Israel e o início dos conflitos do novo país com seus vizinhos fizeram com que o ambiente para judeus no Oriente Médio ficasse instável. Apesar de o Líbano ter permanecido razoavelmente seguro para judeus, Jacob Safra decidiu deixar o país rumo à América Latina. Em 1952, Jacob Safra se instalou em São Paulo, cidade que vivia um ambiente de prosperidade e estabilidade política, além de abrigar uma grande colônia judaica sírio-libanesa.
Com a morte do patriarca em 1963, Edmond, Moise e Joseph Safra assumiram a operação e seguiram a vocação e expertise da família no mercado financeiro. Os irmãos elevaram os negócios a um novo patamar, construindo um império financeiro global, presente nas Américas, Europa, Ásia e Oriente Médio. Joseph Safra, pai de Alberto Safra, foi celebrado pelo mercado como um dos maiores financistas da sua geração, considerado um investidor avesso a riscos e um trabalhador implacável.
Para preservar esse legado de gerações, Joseph Safra direcionou seus filhos ao trabalho no mercado financeiro, além de lhes transmitir a importância da filantropia em diversas áreas. Alberto Safra, após concluir seus estudos em Wharton, foi encaminhado pelo pai para trabalhar nos negócios da família, onde demonstrou o talento herdado de seus antepassados no mercado financeiro, na busca constante pelo retorno e a capacidade de identificar o risco e reagir com agilidade. Hoje, assim como seus predecessores, Alberto Safra vale-se de sua instituição financeira, o ASA, para seguir a tradição da sua família no mercado financeiro global, gerando valor através de gerações.
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